sexta-feira, 8 de março de 2013

Trocas Saudáveis

Pão francês por integral
 
Eis uma forma de começar o dia protegendo as artérias. A massa integral presenteia o organismo com boas doses de fibras. Esse ingrediente serve de alimento a bactérias aliadas que moram no intestino. Bem nutridas, algumas delas fabricam mais propionato, uma substância que tem tudo a ver com os níveis de gordura na circulação. Ao chegar ao fígado, ela diminui a produção de colesterol. Com isso, cai também a quantidade dessa partícula no sangue.
 
 
Leite integral por desnatado.
A bebida desnatada tem o mesmo teor de cálcio, com a vantagem de ostentar menos ácidos graxos saturados. O excesso desse tipo de gordura eleva os níveis de LDL, a fração ruim do colesterol. Se esse mecanismo não funciona direito, o colesterol vaga no sangue, pronto para se depositar na parede das artérias.
 
Óleo de soja e outros por azeite.
 
O ganho dessa troca vem da combinação entre gorduras benéficas e antioxidantes que povoam o óleo de oliva. Uma de suas vantagens é fornecer doses generosas de ácidos graxos monoinsaturados. Eles não aumentam os níveis de LDL e ainda ajudam a erguer um pouco as taxas de HDL, o colesterol bom. Além disso, os compostos fenólicos do azeite evitam a oxidação do colesterol, fenômeno que propicia a formação das placas.
 
 
Pizza de mussarela pelas de vegetais
 
A ideia pode não agradar aos fãs das pizzarias, mas presta um enorme serviço aos vasos sanguíneos. Deixar camadas e mais camadas de queijo de lado de vez em quando significa podar gordura saturada do cardápio. Substituir a mussarela ou a quatro queijos pelas cobertas de vegetais é uma saída para degustar pizzas sem receio. Opções não faltam — vale pizza de escarola, de rúcula, de brócolis e até de abobrinha. E elas oferecem um bônus: pitadas de fibras e antioxidantes.
 
 
Salgadinhos por castanhas
 
Essa troca é destinada àquele momento em que pinta a fome no meio do dia. Solução fácil, mas nada saudável seria recorrer aos salgadinhos ou biscoitos recheados, petiscos que costumam contar com gordura trans em sua receita. Para escapar da malfeitora, aposte nas castanhas e nas nozes — legítimos depósitos da gordura monoinsaturada, que faz exatamente o trabalho oposto. As oleaginosas ainda são fontes de antioxidantes. Só não exagere pois são bem calóricas.
 
 
Cereais açucarados por aveia
A aveia tem fama de ser um dos cereais mais nutritivos do planeta. Por isso merece um espaço logo no café da manhã. A aveia é rica em fibras fermentadas no intestino que são capazes de regular a síntese de colesterol.
 
Quindim por compota de frutas
Os doces costumam ser condenados por carregarem açúcar demais. Quando a discussão envolve colesterol, porém, o açúcar pesa menos do que outro ingrediente comum em quindins, brigadeiros e bolos: a gordura. A manteiga, o creme de leite e outros ingredientes gordurosos que dão consistência aos quitutes levam consigo ácidos graxos saturados, que alavancam as taxas de LDL. Não à toa, que o aconselhável é trocar esse tipo de sobremesa por opções que, sem perder o sabor adocicado, são desengorduradas. A melhor troca sem dúvida são as frutas.
 
Cebola branca por cebola roxa
Essa troca pode ser estendida à alface e ao repolho: prefira sempre o roxo. As hortaliças com essa cor abrigam um pigmento que aplaca o colesterol, a antocianina. Experimentos feitos mostraram que ela reduz consideravelmente a concentração da gordura no sangue. A substância inibe uma enzima que participa da síntese de colesterol no fígado, além de aumentar sua eliminação do organismo. Morangos e cerejas, também são reservas de antocianinas.
 
Molho branco pelo de tomate
O macarrão é o mais inocente por aqui. Quem incentiva ou não a escalada do colesterol é o molho — sempre. O branco é bem gordo. Em 2 colheres de sopa encontramos 4,5 gramas de gordura. Como o preparo exige creme de leite e queijo, o prato fica cheio de ácidos graxos saturados. Uma bela macarronada ao sugo não guarda esse perigo. Nas mesmas 2 colheres de sopa, há somente 0,1 grama de gordura. Apenas procure usar o molho de tomate feito em casa e evitar a manteiga no momento de refogá-lo.
 
Chocolate ao leite pelo amargo
O doce de cacau se notabilizou como um amigo do sistema circulatório. Mas não é todo chocolate que, de fato, prova sua amizade às nossas artérias. O tipo que merece respeito é o amargo. Ele possui menos gorduras saturadas que o branco e a versão ao leite, além de fornecer catequinas, substâncias que ajudam a sequestrar o LDL e impedir sua oxidação. Mas fique atento ao rótulo: amargo de verdade tem mais de 60% de cacau em sua composição.
 
Sal por ervas e alho
 
Está em suas mãos uma maneira de preservar os vasos sem deixar a comida ficar insossa: em vez de exagerar no sal, ingrediente que patrocina a hipertensão, use a imaginação e as ervas aromáticas, além de alho. As ervas como o orégano e o alecrim merecem ser convidadas à cozinha por causa do seu poder de fogo contra a oxidação, um fenômeno que não poupa o LDL, tornando-o ainda mais danoso para as artérias. Mas essa ação pode minguar quando os ingredientes são expostos a temperaturas elevadas. Procure acrescentá-los nos minutos finais do cozimento.
 
 
Frango com pele pelo frango sem pele
 
Muita gente pensa que basta despir uma coxa de frango assada no prato para se livrar de um boom de colesterol. Ledo engano! Retirar a pele é, sim, fundamental, mas isso deve ser feito antes de levar a carne ao fogo, pois quando submetidos ao calor, a gordura saturada e o colesterol da pele conseguem se dissolver e penetrar na carne, aí, será tarde.
 
 
Queijo pelo tofu
A intenção não é jogar mais pedras sobre o parmesão, o provolone e até o minas, mas abrir espaço ao tofu, que é feito de soja. Ele é uma preciosidade porque concentra o que o grão tem de melhor: proteínas e isoflavonas. A proteína da soja aumenta a atividade de receptores que colocam o LDL para dentro das células e inibe a principal enzima responsável pela produção de colesterol. E as isoflavonas não só potencializam a queda do LDL como evitam sua oxidação.
 
 
Pipoca de micro-ondas pela de panela
 
Faz toda a diferença investir um tempo a mais para estourar o milho no fogão. É uma forma de controlar a quantidade de gordura no preparo, porque no produto de micro-ondas ela já é fixa. A versão que ganha na praticidade perde pontos porque carrega ácidos graxos saturados e trans. E ainda, na panela, dá para usar um óleo mais saudável, como o de canola, aproveitando as fibras do milho e controlando seu colesterol.